Há muito
tempo atrás, existia no reino das cerejeiras um rei com uma bela esposa e com
ela teve uma filha magnífica.
Era pleno Inverno, estava muito
frio, e a rainha apanhou uma terrível gripe, acabando por falecer. A princesa
sentiu falta da sua mãe, mas como ainda era pequena, conseguiu superar essa
perda. Com a idade, foi amadurecendo, e aprendendo a viver sem o amor
materno.
Já com 16 anos, o rei achou que
já estava na altura de revelar à princesa o mistério do livro que um mendigo
deixara na noite em que a rainha morreu, e apenas as mãos delicadas da
princesa o poderiam abrir.
A princesa abriu o livro e
ficou horas e horas a tentar perceber o que tinha quele livro de especial, foi
então que viu escrito numa página, o seguinte:
“Não sabes o que procuras,
não sabes o que vai encontrar,
não sabes quem sou,
não sabes onde estou.
Na montanha mais alta me vais buscar,
sem ajuda nela vais entrar.
Sair viva ou não,
eis a questão…”
A
princesa não sentiu receio e teve logo vontade de partir.
Mandou preparar os
mantimentos, sem saber quanto tempo ia ficar. O rei quis enviar soldados, dos
mais fortes, mas no livro era bem explícito,“ Sem ajuda nela vais entrar”.
A princesa pôs-se a caminho, a
montanha não ficava perto e já estava cansada, por isso decidiu parar um pouco. Sentou-se junto a um enorme tronco de uma frondosa árvore, e viu uma noz com um papel
que dizia: “Come esta noz e algo irá acontecer! “A princesa assim
fez, mas nada lhe aconteceu. Já a poucos metros da entrada da montanha, encontrou
um lago, abeirou-se dele e bebeu água. De repente, ao olhar para tão límpida água, apercebeu-se que não encontrava o seu reflexo,
não se conseguia ver, apesar daquele magnífico espelho projetar várias sombras. Teria a noz feito com que a princesa se tornasse invisível? Inicialmente ficou assustada, porém decidiu
seguir viagem.
Já à entrada da montanha, deparou-se com dois coelhos
gigantes e assustadores, junto a uma gruta, mas como estava invisível, passou por eles sem receio.
Na gruta tudo era magnífico, havia várias entradas, e ela não sabia para onde ir, então ia tentado umas entradas
e outras... até que ao fim de muito caminhar por longas galerias, encontrou uma ténue claridade e decidiu segui-la. Andou, andou, já exausta, finalmente avistou uma porta, grande e antiquíssima.
A porta era bastante pesada e estava perra, pelo que não foi fácil para a princesa tentar abri-la, mas com bastante esforço e, entre um barulho arrepiante, lentamente se foi descerrando.
Do outro lado da porta encontrou um quarto, grande, cheio de mantimentos, livros e coisas
antigas, mas muito interessantes... e, mesmo no canto do quarto, a tricotar, estava a rainha.
Voltaram para o castelo e viveram felizes para sempre.
Carolina Batalha e André Antunes
7ºA